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 Sobre o tempo e sobre as pessoas

 
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1 de janeiro de 2015
 Título: Da minha janela
 Descrição: Florianópolis às 00h57min
 Local: Florianópolis, SC
 Data do Registro: 01/01/2015
 
      O lugar é o mesmo, e tudo parece exatamente igual: a energia, o cenário, as pessoas...
      Mas quando olhamos mais atentamente, quando olhamos com os olhos da alma, percebemos que tudo aquilo que parece exatamente igual, é completamente diferente. Sim, porque dentre os seres que aqui estão, as pessoas, essas, não são mais as mesmas.
      Não porque neste exato momento estejam comemorando entre si, ou fazendo promessas que talvez nunca cumpram; ou então que ainda, estejam realizando seus rituais de passagem, tão próprios e tão necessários ao ser humano, antevendo o novo ciclo do tempo que se inicia.
      Mas é sim porque um novo tempo traz consigo o prenúncio de um novo pulsar, de um novo ritmo, de uma outra forma de sentir: a possibilidade do renascimento de uma outra forma de ser (humano).
      Um processo biunívoco que fatalmente as conduziria a novos e diferentes resultados; porque o cronos-tempo não volta, ele passa pelo presente e aponta para o futuro. Um futuro que inexoravelmente caminhará pelos meandros do tempo presente, com um novo ritmo, um novo sentir, um novo fazer.
Que façamos então!
      Lembremo-nos sempre, que cada um de nós possui em si um importante papel como agente na condução dos processos. E que além do nosso trabalho e da nossa luta diária, é possível fazermos mais, por nós e pelo meio que nos circunda: pelo coletivo; seja através de nossas qualidades, seja pela superação de nossas deficiências.
      Mas então, que façamos! E da melhor forma que estiver ao nosso alcance.
      E que antes de nos perguntarmos "quais são os meus direitos?", que nos lembremos de nos perguntar: "quais são os meus deveres?": para comigo e para com o bem-comum.
      É com esta percepção, a percepção de um novo e diferente modo de agir, sentir e olhar o mundo ao nosso redor, que possamos observar que nem tudo está igual ao que era antes; porque estaríamos nós?
      Que as sutis diferenças que aí se apresentam, ao invés de serem motivos para a nossa imobilidade pessoal, tornem-se nichos de oportunidades para a realização de nossa expressão interior; expressão maior da cultura que trazemos em nossa hereditariedade, em nosso DNA: o de ser humano.
      Feliz Ano Novo!


Ruy Luiz Machado


 


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